GP Ricardo Pischeidt

No último domingo, 8 de junho, encarei uma das provas mais duras da temporada: o GP Ricardo Pscheidt, em Campo Alegre (SC). Foram 80 km com mais de 2.300 metros de altimetria acumulada em um percurso exigente por si só, mas que ficou ainda mais desafiador por conta da chuva que caiu na noite anterior. O frio da serra e o terreno molhado transformaram a prova em um verdadeiro teste de resistência física e mental.

A largada foi daquelas que já mostram o tom do dia. Logo nos primeiros quilômetros, o percurso entrou em uma sequência pesada de subidas longas e trilhas. Foi nesse trecho inicial que consegui abrir uma vantagem importante sobre as meninas. Mas ainda havia muitos quilômetros pela frente e muitas coisas poderiam acontecer. Então poupar o equipamento nas trilhas com barro virou uma questão de prioridade, para que não tivesse problemas mecânicos e pudesse concluir a prova com êxito.

A partir dali, a prova virou um jogo de constância. Segurei o ritmo nas subidas, cuidei da técnica nas trilhas escorregadias e procurei me manter focada o tempo todo. Apesar de treinar na região e conhecer boa parte da rota, o terreno estava simplesmente brutal. A lama cobria boa parte do caminho, o que exigia atenção redobrada em cada pedalada. Em alguns momentos, parecia que a bike estava colada no chão, mas segui firme, confiando no que vinha treinando.

Correr em casa, cercada por familiares e amigos, deixou tudo ainda mais especial. O apoio, os rostos conhecidos no meio do caminho e a energia da torcida foram combustíveis extras para seguir constante até o fim.

No final, consegui sustentar a liderança até a linha de chegada e fechei a prova com uma enorme sensação de dever cumprido.

Saio de Campo Alegre com mais experiência, mais confiança e já pensando nos próximos desafios da temporada. Que venham os próximos!

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